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domingo, 21 de setembro de 2014

Quase o último...


"Eu custei a aceitar o fim de algo que só começou dentro de mim, quando na verdade eram precisos dois. Eu me apaixonei por você quando a gente tropeçou um no outro. Eu me apaixonei por você no momento em que você me segurou os braços e pediu desculpas. Eu te amei desde aquele dia, aquele momento, aquele (in)feliz tropeço. Eu lutei com algumas de minhas forças pra fazer dar certo. Na verdade, lutei pouco. Deveria ter lutado mais, porém cansei quando entendi que não adiantaria. Chorei por você, chorei por estar apaixonada, como nunca havia chorado e estado antes. Eu tentei de todas as formas me fazer acreditar que era possível você me notar. Quis acreditar que você perceberia os detalhes que nos perseguiam da mesma forma que eu percebi. Mas acontece que o amor vem pros distraídos e, naquele tropeço, a culpada fui eu que não olhei por onde andava. Estava distraída e o seu amor me pegou. O mais bizarro de toda essa história é que você conseguiu ser um completo desconhecido pra mim durante um ano, mesmo estando no mesmo lugar, todos os dias. Pensando por essa lógica deveria ter sido mais fácil te esquecer. Mas em casos de amor, a gente não manda no coração. Queria te falar todas essas coisas. Falar que somos muito parecidos mesmo sendo tão diferentes. Queria que você soubesse quem eu sou. Queria te falar que poderíamos ir ao jogo do Vasco juntos, que sou apaixonada por cavalos, que sou viciada nesse ar de menino de interior que você tem, que temos a mesma fé e que daríamos um belo casal num fim de tarde na pracinha. Eu me apeguei a ideia de poder te falar tudo isso algum dia, olho no olho, mas é quase impossível te encarar nos olhos, pois é como se você já soubesse disso tudo e só precisasse desse contato visual firme para confirmar. Mas não estou a fim de jogar seu jogo.
Como eu disse antes, demorei a aceitar que não tem fundamento. Demorei a compreender que detalhes não são sempre detalhes, que na maioria das vezes são apenas coincidências da vida, acasos que vem pra perturbar o coração, a alma e o corpo, mas que não significam nós dois juntos algum dia.
Eu sou sensível, choro facilmente, sou romântica, quero ser médica, quero conhecer a Itália e casar um dia. Não nego que a ideia de ter você comigo na realização desses sonhos me enche de felicidade, mas isso fica só na ideia e eu volto pro meu mundo real. Não vou dizer que o amor acabou. Acredito que não vai acabar. É amor, não é ódio. Eu amo você. Mas aceito que não seremos aquele casal que tanto idealizei. Eu aceito que não serei sua e - por mais que me doa - que você não será meu.
Talvez você esteja destinado a ser dela. E eu deva estar destinada a ser dele. Quem sabe?
Enquanto isso, eu acredito que uma parte de mim ainda te carrega e vai te carregar até que eu me livre da droga que é você. Mas não há datas, não há hora marcada. Eu aguardo o que estiver por vir. Sem medo, sem presa, sem choro. Aguardo com esse amor dentro de mim. Porque, apesar de tudo, ele me faz bem, me faz companhia, me faz..."

Vivian
Foto do We heart it

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