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domingo, 17 de agosto de 2014

"Tem dias que eu só queria entender o porquê da vida me levar até você. Como aconteceu hoje. Eu quase não senti falta da sua presença ali. Estava a ponto de ficar dois dias sem te ver, mesmo estando no mesmo lugar que você. Mas aí você me apareceu. Do nada. Vi seu reflexo no espelho do banheiro e me escondi. Evitar os nossos encontros que mais parecem desencontros do destino, às vezes me soa como a melhor opção. Mas não. De nada adiantou. Assim que saí do banheiro, lá estava você saindo do masculino. Andando na minha frente, com passos lentos e o sorriso de canto. Como se soubesse que meu corpo estava a mil por hora. Como se soubesse que cada pedacinho de mim estava tremendo mais que o Chile em dia de terremoto. Qual o seu poder sobre meu coração? Dá pra me livrar disso? Agradeceria muito se tivesse uma forma fácil e rápida de esquecer alguém que faz meu coração palpitar tanto. Às vezes também me questiono se sentir esse amor é bom ou ruim. Mas calma aí. É amor? Tipo, quem sou eu pra chamar isso de amor? Talvez seja, talvez não. Talvez passe daqui a três meses. Ou talvez dure a vida inteira. Não tenho respostas para isso hoje e duvido muito que terei algum dia. Mas sabe? Eu gosto de você. Gosto mesmo. Gosto muito. A ponto de te ver e querer te abraçar e não falar nada. Apenas te dizer que eu estou aqui, quietinha, sorrindo e esperando você dar um alô. Esperando você. Mas você pode não vir. Pode continuar aí. Do outro lado da cidade. Talvez me esperando, talvez me odiando, talvez nem sequer me notando. Mas tudo bem. A vida tem dessas mesmo, não é? O amor tem dessas. E sempre vai ter. E bem.. Talvez seja amor mesmo. Afinal, apesar de doer um pouco, me faz bem na maior parte do tempo. É, você me faz muito bem..."

Vivian

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